Uma das coisas bem interessantes são as histórias de como surgiram os pratos e não somente a história da alimentação.
Nos pratos que consumimos está todo o universo social, cultural, econômico, tecnológico que compõe nosso mundo.
O famoso carpaccio, por exemplo, recebeu esse nome por um motivo insuspeito.
Em Veneza havia uma senhora para a qual seu médico havia receitado o consumo de carne crua, devido a problemas gástricos. Mas comer carne crua, crua mesmo é praticamente um tabu nas culturas. Os pratos de carne crua jamais são “exatamente” cruas. Seja o kibe cru, o steak tartar, os sashimis, todos eles exigem preparações tão complexas, cortes tão especiais e precisos que não podem ser considerados “carne crua”. Então, a tal senhora procurou um de seus restaurantes prediletos em Veneza mais precisamente, no Harry´s bar do Hotel Cipriani e descreveu seu problema para o dono. No dia seguinte ele apareceu com uma receita que envolvia finas lâminas de carne sem nenhuma gordura e super macias cobertas de molho forte, para contrastar e “cozinhar” a carne sem fogo, surgia assim, o tão famoso carpaccio: Finíssimas fatias de carne crua temperadas com um molho à base de consomé: suco de limão, maionese, sal.
A receita original foi sendo transformada e hoje se acrescentam alcaparras, mostarda e outros temperos. O nome do prato foi em homenagem a um pintor renascentista, o veneziano Vittore Carpaccio (1460-1526), famoso por suas pinturas em que predominavam os tons de vermelho, a cor do prato. O prato apareceu no Brasil nos anos 70.
O La Tambouille oferece um delicioso Carpaccio ... Experimente!!!